sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Educação e Valores - A Escola e a Construção de Valores Morais (vídeo 4)


Vídeo 4 – A Escola e a Construção de Valores Morais
Trabalhar a moralidade é um desafio muito amplo, que envolve transformações na estrutura escolar em diversos aspectos:
- Incluir nos conteúdos escolares a ética, os direitos humanos, a inclusão e a convivência social, de modo que sejam trabalhados interdisciplinarmente;
- Romper a relação unilateral do conhecimento, em que o professor é o detentor de toda sabedoria; buscar a construção coletiva do processo de aprendizagem, através do diálogo e da participação ativa do aluno;
- Trabalhar, intencionalmente, com os valores éticos e morais;
- Estabelecer relações interpessoais democráticas e justas, pautadas no respeito, autoridade e admiração;
- Tentar melhorar a auto-estima do aluno, que está diretamente ligada a imagem que a própria escola (alunos e professores) criam no mesmo;
- Desenvolver com os alunos técnicas de autoconhecimento, para que haja consciência do que os deixa tristes, bravos, alegres, enfim, que ações do cotidiano podem ser positivas ou negativas nas relações do cotidiano;
- A gestão escolar deve ser democrática e as decisões tomadas de forma coletiva, com opiniões dos vários segmentos que compõem a equipe escolar.

Educação e Valores - O Juízo Moral da Criança (vídeo 3)



Vídeo 3 – O Juízo Moral da Criança
Piaget defende que a moralidade esta ligada as regras, ou seja, se o indivíduo respeita as regras ele terá bons preceitos morais.
A criança desde o nascimento até a idade adulta vai se adequando as regras e normas. Para demonstrar as fases desta adequação, Piaget cria três conceitos:
1 -  Anomia: fase em que a criança ainda não tem noção do que é certo ou o que é errado e praticamente não participa das tomadas de decisão;
2 - Heteronomia: neste período a criança começa a adquirir respeito pelas regras, que são apresentadas pela sociedade, família e escola. Muitas vezes este respeito está atrelado a coação, a violência e a intolerância, levando a criança ou pré-adolescente a ter dificuldades para passar para a fase autônoma;
3 - Autonomia: nesta fase o ideal é que a criança já tenha conseguido internalizar os conceitos de certo e errado, do que se pode ou não fazer, porém, muitas vezes o indivíduo fica preso a segunda fase. É por exemplo, o caso de alguns alunos que têm de ser “vigiados” o tempo todo, pois não respeitam as regras e precisam ser lembrados para fazê-lo. Para superar esta dificuldade é necessário que as relações sejam de cooperação, que haja respeito mútuo e que o professor trabalhe no mesmo nível dos alunos, inclusive,  aproveitando os  conhecimentos dos mesmos. 

Temas Transversais - Caminhos da interdisciplinaridade (vídeo 2)


Vídeo 2 – Os Caminhos da Interdisciplinaridade
Edgar Morín estudou os caminhos que levaram ao conceito da interdisciplinaridade.
Estudiosos criaram A Base do Pensamento Simplificador, que baseava-se em três princípios:
- Disjunção: que separava diversos tipos de conhecimentos, dando origem às disciplinas;
- Redução: que caminhava do complexo para o simples; separando a parte do todo;
- Abstração: matematização e formalização da Ciência.
Estes princípios trouxeram vantagens como a divisão do trabalho, produção de novos conhecimentos, elucidação de fenômenos, progresso científico e melhora das condições de vida. Entretanto, passou-se a tratar a parte, a disciplina como se fosse um todo o que de acordo com estudos traria prejuízos às Ciências em geral.
Surge então, a Superação da Disciplinaridade com três novos conceitos: Transdisciplinaridade (abordando temáticas que ultrapassam a própria articulação entre as disciplinas); multidisciplinaridade (cujo estudo depende do aporte de várias disciplinas que não dialogam entre si) e a Interdisciplinaridade (em que o fenômeno é estudado por várias disciplinas e estas, dialogam entre si). Diante de experiências bem sucedidas, nos resta tentar implantar em nosso sistema de ensino a interdisciplinaridade, deixando de entender a aprendizagem como um fenômeno que ocorre em apenas uma área de atuação.

Temas Transversais - As revoluções Educacionais( Vídeo 1)


Vídeo 1 – As Revoluções da Educação
Segundo estudos de José M. Esteve, ocorreram três grandes revoluções na educação:
1ª Revolução:
Ocorreu cerca de 2500 anos atrás, quando os filhos dos faraós começaram a ter os primeiros ensinamentos. Cada aluno tinha um professor, a educação era extremamente elitizada e estendeu-se até o final do século XVIII, atendendo somente os filhos de reis e nobres;
2ª Revolução:
Iniciou-se com a consolidação dos Estados europeus, com um decreto do rei da Prússia, que determinava que a educação não seria mais dever da igreja e sim do Estado. Ainda assim, a educação continuou exclusiva (somente 10% da população). O centro do conhecimento era o professor, as salas de aula foram criadas e tinham em torno de 12 alunos, todos homens, brancos, com a mesma idade e provenientes das classes mais abastadas; a base econômica dos Estados era agrária entendendo-se não haver necessidade de estudo para os camponeses.
3ª Revolução:
Teve início no século XX, por volta dos anos 30 na Europa e no Brasil, somente nos últimos 30anos. As mudanças nos meios de produção, a industrialização e os avanços tecnológicos, exigiram do Estado a democratização e universalização dos sistemas educacionais.
A grande questão é: como transformar um sistema que historicamente foi excludente e que agora necessita incluir todos para satisfazer as necessidades mercadológicas? Como “quebrar” as paredes das salas de aula, inserindo a comunidade nos processos educacionais, aproximando-nos da realidade dos aprendizes, considerando fundamental  o  conhecimento dos mesmos? Este é o desafio que teremos que vencer.