quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Vídeo-aula 28 - Depressão na Infância e na adolescência

As últimas pesquisas demonstram que crianças e adolescentes estão tão suscetíveis a depressão, quanto os adultos. A incidência da depressão nestes grupos é de 1% na idade pré-escolar, de 2 a 4% na fase escolar e de 5 a 8% na adolescência. Enquanto crianças, a proporção de indivíduos depressivos, se equivalem em relação ao gênero, porém, a partir da adolescência as meninas apresentam maior percentual da patologia.
A depressão pode ser definida por um estado de tristeza profunda, associada a sintomas fisiológicos e orgânicos que prevalecem por pelo menos um mês, causando perda de interesse e motivação,  humor deprimido e diminuição da energia para fazer atividades diversas; estes sintomas, trarão interferências na vida pessoal (problemas ligados a alimentação, ao sono e a libido).
As causas da depressão são multifatoriais e podem estar associadas a fatores biológicos (genética, química cerebral), psicológicos (traumas, stress, desamparo), sócio-culturais (expectativas frustradas, pouco suporte social).
Os fatores de risco mais comuns que podem levar a depressão são: histórico familiar, pertencer ao sexo feminino, episódios depressivos anteriores, stress, dependência química, violência e elevada exigência acadêmica (competitividade exacerbada).
Os principais sintomas que devem ser observados por pais e professores são: desinteresse, humor alterado, irritabilidade, tristeza, isolamento, choro frequente, queda do rendimento escolar,  entre outros fatores, que podem atingir o extremo da depressão, quando se manifestam os desejos de morte ou de suicídio.
Nos casos mais graves aconselha-se o encaminhamento do indivíduo a profissionais da saúde. Estes, indicarão a medicação adequada e tratamento psicoterápico, porém, é necessário que se forme uma rede de apoio social entre familiares, professores e amigos, indispensável à recuperação.
Cabe a escola: identificar possíveis causa que deflagaram qualquer sintoma depressivo; minimizar impactos negativos dos sintomas depressivos; proporcionar atividades que desenvolvam habilidades para solucionar problemas; Fortalecer condições que garantam a busca por ajuda; estimular a participação em atividades cooperativas e procurar inserir a criança ou adolescente em uma rede social que envolva os vários contextos da vida dos mesmos. Não é necessário dizer que a afetividade e o respeito são essenciais neste momento.

Vídeo-aula 27 - Stress e ansiedade na infância e na adolescência

Os avanços tecnológicos implicam em um bombardeio de informações que recebemos de todos os lugares do planeta e que devem ser aproveitadas de forma seletiva e consciente pelos alunos; de certa forma a globalização, impõe pressões e cobranças de um mundo competitivo, no qual a solidariedade e a cooperação perdem espaço a cada dia, podendo gerar situações estressantes.
O stress pode ocorrer a partir de situações difíceis ou excitantes, que podem ter causas internas ou externas.
Os fatores internos estão ligados à alterações metabólicas do organismo, às características da personalidade, a maneira como a pessoa percebe a si mesmo e às atitudes que tem diante de determinadas situações, como por exemplo, na apresentação de um trabalho: o desejo de agradar, o medo de fracassar ou a ansiedade exagerada.
Os fatores externos que podem causar stress, estão ligados ao excesso de atividades ou ainda, a mudanças significativas na rotina social como a separação dos pais, nascimento de um irmão, troca de escola ou de professores.
A ansiedade envolve fatores biológicos e psicológicos, que antecedem momentos de perigo (real ou imaginário) e apresenta sintomas como medo, sensação de vazio na estômago, calafrios, confusão, sudorese, taquicardia, entre outros. A ansiedade nem sempre é prejudicial, pois pode se tornar uma fonte de energia e nos motivar diante de determinadas situações.
A forma como a criança interpreta os estímulos externos pode ser positiva ou negativa, podendo gerar ou não stress e ansiedade. Isto, dependerá do nível de desenvolvimento emocional e de maturação da mesma (fatores que determinarão sua vulnerabilidade a estes transtornos biopsicológicos e sociais).
O stress e a ansiedade não se manifestam isoladamente. Para entendê-los é necessário analisar um conjunto sintomatológico, que quando atingem níveis extremos, exigem o encaminhamento médico.
A escola pode ser mais leve e prazerosa quando os professores conhecem a realidade de seus alunos e os reconhecem como personagens principais do processo educacional. As atividades coletivas de cooperação, a promoção da autoconfiança,  o diálogo e o incentivo aos questionamentos, são práticas de relacionamento, que dão confiança ao aluno e podem formar  um cidadão seguro, com autoestima elevada e preparado para agir adequadamente, diante dos enfrentamentos que a escola e a vida vão lhe proporcionar.

vídeo-aula 24 - Mídia e comportamento

Atualmente, a mídia fornece inúmeras informações em tempo real, da mesma forma que permite o contato com diferentes conceitos culturais, moldando assim, através de um bombardeio de informações, a personalidade dos indivíduos. As crianças e adolescentes em especial, são mais vulneráveis e suscetíveis a aquisição de novos comportamentos e práticas socioculturais, devido as transformações que normalmente ocorrem nestas fases da vida.
Para se ter uma ideia, a média de tempo gasto por crianças, com atividades relacionadas a mídia  é de 35 a 55 horas semanais; em média. Se vê semanalmente 21h de televisão; a internet ocupa 8h semanais, o que representa em um ano o contato com pelo menos 10.000 cenas de violência e 15.000 cenas com apelo sexual.
Essa influência, pode trazer impactos negativos como: sexualidade precoce, atrasos no desenvolvimento psicomotor, transtornos alimentares, dificuldades na aprendizagem e até o uso de droga.O permanente contato e influências da mídia podem trazer consequências desastrosas na formação da criança e adolescentes:

- na televisão, 61% dos programas apresentam imagens de violência interpessoal, particularmente as animações infantis. Esta exposição prolongada pode causar condutas agressivas, banalização da violência, medo depressão, pesadelos e distúrbios do sono;
- os programas, apresentam cenas de explícito apelo sexual, o que pode acelerar o processo de atividade sexual, sem considerar que não há discussões em torno do sentimento, da orientação sexual, da autoestima e do respeito, que  englobam a questão da sexualidade;
- os videogames e a internet, substituem outra atividades essenciais para o desenvolvimento global da criança, como a realização de atividades físicas e práticas sociais e culturais, o que pode levar a criança a tornar-se obesa e dificultar as relações interpessoais; os videogames são responsáveis ainda pelo aumento de 13 a 22% dos casos de violência infantil e juvenil;
- a utilização de celebridades e os apelos sexuais, utilizados pelo marketing das empresas, contribuem fortemente para o aumento do consumo de bebidas alcoólicas e tabaco;
- a pressão exercida pela mídia para se obter o modelo de corpo ideal (homens sarados e mulheres magras), podem levar em alguns casos, ao desenvolvimento de distúrbios alimentares como a anorexia e a bulimia, além de incentivar  o uso de medicamentos para emagrecer, anabolizantes e outros produtos rentáveis ao mercado.
Cabe a escola e aos educadores desenvolverem projetos interdisciplinares, utilizando-se de temas transversais (PCNs: sexualidade,drogas, cidadania), para alertar o jovem e a família sobre os riscos da utilização prolongada  e exagerada das diversas modalidades de mídia. Vale lembrar, que o mundo multimídia é muito atraente à criança e ao adolescente, mas que, quase sempre só visa o lucro, sem preocupação com a saúde ou com a qualidade de vida das pessoas. Ações esclarecedoras e motivantes, podem ajudar a conscientizar o aluno e afastá-lo, na medida do possível, das TVs, computadores e games.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Vídeo-aula 23 - O uso de substâncias psicoativas

As substâncias psicoativas causam alterações no sistema nervoso central, promovendo sensações prazerosas, que podem relaxar,diminuir a ansiedade, trazer sentimentos de alegria e euforia, ou ainda, ter caráter alucinógenos, num primeiro momento.
Estudos sobre esta substâncias, apontam que seu uso problemático, decorre de componentes ambientais e sociais, mas também genéticos e neurobiológicos, os quais definem o tipo de prazer que se sente ao usar determinado tipo de droga, por que é difícil controlar o uso e a associação da droga a situações do cotidiano que envolvem prazer.
Portanto, o usuário de drogas , não necessita de  preconceito ou lições moralistas, mas de um tratamento psicoterapêutico e de medicamentos.
Há um crescimento no uso de substâncias psicoativas (inclua-se aí o álcool e o tabaco), que pode estar relacionado com a sociedade de consumo, que sedimenta a cultura de que só é possível se divertir se se alterar. Além disto, o uso precoce destas drogas, que já são potencialmente danosas aos adultos, aumentam os danos aos jovens, que tendem a se viciar mais facilmente.
O consumo frequente das drogas, inclusive as legalizadas, podem acarretar problemas nas relações interpessoais, no desempenho escolar, de manutenção da rotina,, causar conflitos familiares, acidentes no trânsito e doenças relacionadas ao uso problemático.
Apesar de todas as informações e indicações de que as drogas têm efeito devastadores, o consumo continua crescente devido a fatores como a curiosidade e a necessidade de viver novas experiências, típicas do adolescente. Satisfazer estas curiosidades através de informações e diálogos, de forma tranquila, em momentos do cotidiano, podem ajudar a conscientizar o jovem e minimizar seus desejos de experimentar o novo.
A adolescência, por si só, já é uma fase de vulnerabilidade, mas quando o jovem apresenta sentimentos negativos a respeito de si mesmo, sentimentos estes, ligados a baixa autoestima, aparência (obesidade, baixa estatura, padrões de beleza socialmente rejeitados), fraco desempenho escolar e por estas razões se sentem excluídos,  a possibilidade de buscar nas drogas certo conforto, aumenta.
Os adultos podem fornecer informações preciosas, mas devem se lembrar que são também modelos de qualidade e que atitudes inadequadas, como fumar ou beber exageradamente, por exemplo,  poderão trazer a criança que presencia estes comportamentos, dificuldades para perceber os reais riscos destes hábitos.
Experimentar drogas não é o "fim do mundo" para o adolescente ou para seus pais, porém  é necessário que pais e professores estejam atentos aos acontecimentos, pois quanto mais cedo se detectar o uso de drogas, mais facilmente será de interrompê-lo. A melhor maneira de ajudar é dialogar de forma franca e serena diretamente com o adolescente, evitar atitudes hostis e agressivas e ao mesmo tempo mostrar os prejuízos causados pelas drogas.
No caso de pessoas já viciadas, o melhor é procurar ajuda e tratamento médico.
Devemos lembrar que a escola tem papel fundamental na prevenção do uso de drogas; projetos com objetivo de elevar a autoestima, que têm o aluno como protagonista e utilizam metodologias motivantes, abordando temas de interesse dos discentes, tendem a afastar o adolescente de condutas inadequadas.

Vídeo-aula 20 - Bullying

A palavra bullying não tem tradução em português, mas representa comportamentos agressivos de ordem física, verbal e moral, que acontecem repetidamente, sem causa aparente, apresentando uma relação de desigualdade, entre agressor e vítima.
Pesquisas revelam que 50% das crianças já foram vítimas de bullying e que 10% são vítimas regulares, a maioria meninos, que apresentam reações mais violentas que meninas (normalmente agressões verbais, difamação).
Os agressores, se sentem superiores e impunes, por outro lado , tendem a vir de famílias desestruturadas, já sofreram bullying e em alguns caso sofrem de TDAH ou distúrbios de conduta. Já as vítimas normalmente são tímidas, inseguras, fisicamente mais frágeis, possuem características socioculturais diferentes dos agressores; normalmente não procuram auxílio porque têm medo, vergonha ou acreditam na impunidade dos agressores.
Muitos alunos são testemunhas do bullying, mas não se manifestam por receio de também serem alvos de agressão ou  simplesmente se omitem.
O cyberbullying é executado através de textos ou vídeos pejorativos divulgados pela internet das mais variadas formas e são um prolongamento do bullying sofrido na escola. Ambos podem causar sérios danos as
vítimas como: redução da autoestima, queda no rendimento escolar, resistência em ir para a escola, abandono dos estudos e até episódios de pânico, fobias e depressão.
A escola tem o dever de orientar professores e  promover  debates com pais, alunos e demais membros da equipe. Outras ações são importantes no ambiente escolar: estimular a denúncia; apoiar tanto alunos vítimas como agressores, encaminhando em caso de necessidade para acompanhamento médico.
É também, papel essencial da escola no combate ao bullying, desenvolver projetos pedagógicos, voltados para o desenvolvimento de valores como solidariedade, ética, respeito às diversidades, enfim, desenvolver atividades prazerosas que criem  um ambiente mais acolhedor e seguro para a criança, sem esquecer de criar mecanismos disciplinares adequados, para que os agressores não se sintam realmente impunes.

Vídeo-aula 19 - Violência na escola

A violência nas escola tem aumentado a cada dia que passa, além do número de ocorrências, a complexidade dos casos é cada vez maior, visto que alguns acontecimentos envolvem armas de fogo, armas brancas e ameaças a professores, funcionários e membros da equipe de gestão.
A adolescência é um momento de grandes transformações biológicas, cognitivas, socioculturais e emocionais que definirão os padrões de comportamento;  características individuais do jovem, ligadas a fatores ambientais, estão associados  aos desvios de conduta e a prática de atos violentos.
Comunidades com histórico de violência no entorno da escola e dentro do seio familiar, tendem a produzir jovens culturalmente mais violentos; outro fator ambiental determinante é a desigualdade social que impõe um ritmo de vida mais duro ao adolescente em idade escolar, considerando-se que nestas comunidades o uso de drogas e o número de ocorrências relacionadas a pequenos furtos, fazem parte do cotidiano. Este ambiente favorece o desenvolvimento de distúrbios de conduta.
Os distúrbios de conduta são caracterizados por comportamentos repetitivos e antissociais condenados socialmente e que podem se transformar em problemas psicossociais ou até psicopatológicos. Neste caso as agressões físicas podem ser precursoras de problemas mentais /psicológicos, tanto para a vítima, quanto para o agressor.
O uso de drogas/álcool,  também é fator desencadeante de  distúrbios de conduta, que muitas vezes acabam levando o adolescente a  despreparadas instituições de recuperação de menores infratores, que na maioria dos casos, só aceleram o processo de marginalização dos jovens.
Diante da ausência de ações políticas mais concretas, cabe a escola desenvolver projetos que elevem a autoestima dos alunos, criar situações de aprendizagem agradáveis que promovam a cooperação e a solidariedade, enfim, infiltrar-se na comunidade a fim de minimizar as ações violentas do cotidiano dos alunos. Além disso a violência pode estar relacionada a questões frequentes no ambiente escolar como problemas emocionais, sociais e cognitivos, problemas estes, que serão externalizados pelos alunos através de comportamentos delinquentes, enquanto não houver preocupação pedagógica e afetiva com os mesmos.

Vídeo-aula 16 - Sexualidade e prevenção de risco

O grande índice de gravidez na adolescência e o o aumento das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e AIDS entre os jovens, se devem principalmente a falta do uso de preservativo e métodos contraceptivos.
Atualmente, existe um marketing de prevenção nos principais canais da mídia, porém, os resultados não são animadores, já que as estatísticas não apresentam queda no número de infectados (DSTs/AIDS) entre adolescentes, ao contrário apresentam aumento.
A escola, apresenta-se como espaço importante para debate deste tema, pois tem a possibilidade de desenvolver projetos que apresentem os diferentes métodos anticoncepcionais e enfatizem as  responsabilidades sobre direitos e deveres em relação ao respeito pelo seu corpo e do outro, diminuindo assim os riscos de relações sexuais que podem trazer a gravidez ou danos a saúde.
Dinâmicas com os professores podem auxiliar no desenvolvimento deste tema, pois muitas vezes, estes não se sentem a vontade ou não têm formação acadêmica adequada para tratar deste assunto.
A escolha do tema transversal sexualidade não implica apenas em esclarecer dúvidas sobre o sexo em si, mas abre campo para o debate sobre a afetividade, o querer bem, o desejo simultâneo pela relação sexual e não como concessão a pressões de grupos ou do parceiro, a questão da diversidade sexual, o respeito nas relações e a responsabilidade compartida no caso de uma gravidez. Estes assuntos são extremamente ricos para o desenvolvimento de valores.
A escola pode ainda, estudar a validade da distribuição de preservativos e debater temas como o uso da pílula do dia seguinte, porém, antes de tomar qualquer iniciativa neste sentido, convém abrir a discussão com a comunidade escolar; envolver pais, alunos, professores, representantes comunitários e de outras instituições existentes no entorno da escola é imprescindível, justamente por se tratar de um tema extremamente polêmico, mas que necessariamente deve ser debatido.

Vídeo-aula 15 - Sexualidade na escola

A sexualidade é um tema pouco debatido nas escolas, seja pelo despreparo dos professores, seja pela falta de um ambiente propício (preconceitos, tabus, pudor).
A gravidez na adolescência representa 21% das gestações do país; a região norte e nordeste apresentam as maiores porcentagens de jovens grávidas, assim como as de abortos (23% no norte e 20% no nordeste).
A sexualidade está presente desde o nascimento, apresentando diversas zonas erógenas corporais até a adolescência, quando entra na fase genital adulta, após a puberdade.
Ao mesmo tempo em que a sexualidade se desperta, há um sentimento de perda do corpo infantil, dos pais da infância e do papel da identidade sócio-familiar infantil.
A adolescência possui três fase:
1ª fase:  de 11 a 13 anos nos eninos e de 12 a 14 anos nas meninas; há um questionamento sobre a normalidade corporal, ligada a aquisição da imagem corporal e uma redefinição dos modelos de relacionamento e comportamento.
2ª fase: de 13 a 16 anos para meninos e de 14 a 17 anos para as meninas; ocorrem as últimas transformações físicas e a inserção social do indivíduo, gerando conflitos de independência, pois ao mesmo tempo em que quer  se tornar independente, sente necessidade de proteção da família.
3ª fase: de17 a 21 anos; a identidade sexual forma-se neste período, ao mesmo tempo em que, na maioria dos casos, iniciam-se as relações afetivas e sexuais; o indivíduo busca independência material, ao passo que constrói um identidade adulta.
As práticas sexuais e afetivas, devem ser objeto de estudo no ambiente escolar, já que podem ser observadas de diversas maneiras durante a adolescência:
- a masturbação é mais  precocemente praticada pelos meninos, as meninas começam a se masturbar somente a partir dos 15 anos; esta prática é comum e só deve ser motivo de preocupação quando ocorrer uma dificuldade em se masturbar, ou, quando houver certa compulsão pela prática do "exercício";
- a questão ficar ou namorar é natural nesta fase, para que se possa conhecer e explorar aspectos afetivos e sexuais  latentes durante a adolescência. Namorar exige mais fidelidade e por isto os meninos preferem ficar, pois têm medo de serem traídos;
- a virgindade é outro ponto, pois simboliza um ritual de passagem da infância/adolescência/juventude. Normalmente os meninos têm a primeira relação sexual com 13,9 anos e as meninas 15,1 anos em média.
- o homossexualismo, que causa incertezas, medo e dúvida,  não deve ser tratado com repressão e desconfiança por parte dos adultos e outros jovens, mas com naturalidade, apoio e aceitação.
- as relações forçadas que ocorrem com 15% das meninas e 2% dos meninos podem ocorrer entre amigos ou até mesmo dentro da família;
Cabe a escola abrir discussões sobre os temas propostos acima e com naturalidade promover debates esclarecedores, com cunho formativo, que permitam ao adolescente compreender melhor esta difícil fase da vida e entender não só os "problemas" pelos quais está passando, mas respeitar seu colegas; esta ação certamente trará a possibilidade de uma travessia mais tranquila pela adolescência e o desenvolvimento de valores importantes neste sentido.

Vídeo-aula 12 - Retardo Mental : Autismo

A escola é importante instituição de inclusão. As crianças com autismo e retardo mental têm possibilidade de se desenvolver e até mesmo entrar no mercado de trabalho; para que isto ocorra é necessário que a família e a escola tenham consciência de que o problema existe e do grau de comprometimento que acomete as capacidades físicas, intelectuais e sociais da criança. Buscando dar um suporte a este trabalho seguem algumas informações sobre estes problemas.
O retardo mental  tem como características principais dificuldades intelectuais e algumas vezes físicas que se manifestam antes dos dez anos de idade. As principais consequências deste acometimento são os problemas de comunicação, interação social, habilidades motoras, falta de cuidados pessoais e dificuldades de aprendizagem.
Existem três tipos de retardo mental:
-  leve: atrasos na linguagem que não interferem na autonomia. O indivíduo apesar de certas dificuldades intelectuais e cognitivas consegue aprender, trabalhar, enfim administrar sua vida.
- moderado: têm dificuldades na compreensão e na linguagem; exige cuidados com a higiene pessoal e auxílio em atividades motoras mais elaboradas; na vida acadêmica deverá frequentar turmas especiais e conseguirá desenvolver habilidades básicas; consegue se socializar a medida que é estimulado e apoiado.
- grave: apresenta sérios problemas motores, funcionais e intelectuais; necessitam de cuidados para a vida toda.
O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível e ajudará no controle das alterações comportamentais, deve-se também utilizar medicamentos específicos para cada caso, além de constante treinamento motor e de habilidades sociais (inserção em grupos). Há necessidade da família e professores terem um treinamento para auxiliar no desenvolvimento de crianças com retardo mental.
A escola entra como ambiente fundamental para estimular o máximo possível a criança, de acordo com as possibilidades e necessidades especiais que cada criança apresenta. O mais importante é favorecer o desenvolvimento com atenção, carinho e respeito as individualidades.
O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), que prejudica as interações sociais e provoca dificuldades no desenvolvimento da linguagem; é mais comum nos meninos, que apresentam comportamentos               esteriotipados e repetitivos.
As principais características das crianças com autismo são: resistência aos cuidados paternos, não seguem os pais pela casa e não demonstram interesse em brincar com outras crianças (têm déficit no comportamento social); não se interessam pela voz humana, mas têm fascinação por luzes, sons e movimentos; apresentam problemas cognitivos e incomodam-se com as mudanças na rotina.
Na escola pode-se reconhecer o autismo a partir das características citadas anteriormente, mas a criança ainda pode ter ataques de raiva, resistência em aprender e realizar novas atividades e desinteresse por alguns brinquedos, normalmente disputados por outras crianças.
O tratamento deve ser realizado de maneira individual, com intervenções conjuntas da escola, da família e de uma junta médica. Por não ter cura, a medicação é essencial pois pode melhorar as condições de vida e os relacionamentos interpessoais da criança.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vídeo-aula 11 - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

O TDAH é um distúrbio comportamental  de ordem neurobiológica, de causa genéticas e ambientais, que aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida; prevalece mais em meninos (cerca de 75% a 90% dos casos).  Este transtorno é caracterizado por três sintomas principais: a desatenção, a hiperatividade e impulsividade,  sintomas que trarão prejuízos à aprendizagem e às relações interpessoais.
As características do TDAH, irão influenciar diretamente no processo educacional, não só nas questões que envolvem o relacionamento, mas também no processo de formação de valores. Por isto, é importante citar as características sintomatológicas deste distúrbio que acomete de 5% a 13% das crianças em idade escolar:
1 - Desatenção: a criança apresenta dificuldades de concentração e atenção; parece ter dificuldades auditivas; não consegue seguir instruções, pois é atraído por estímulos alheios, o que muitas vezes o impede de realizar as tarefas que lhes são designadas; comete erros na execução de tarefas simples e perde coisas importantes, como celulares, agenda e livros, por exemplo;
2 - Hiperatividade: é o tipico comportamento do aluno que não para quieto um minuto, agita demais as mãos e os pés; corre pra lá e pra cá o tempo todo e conversa demais;
3 - Impulsividade: esta característica demonstra certa ansiedade por parte da criança, que tem dificuldades em aguardar a sua vez de fazer ou falar alguma coisa; interrompe ou se intromete em conversa alheias e tende a dar respostas, mesmo antes do final dos questionamentos. Muitas vezes são crianças inteligentes que têm a resposta para tudo, ou pensam que têm.
Existem três tipos de TDAH:
1 - predominantemente desatento: este distúrbio apresenta as características sintomatológicas da desatenção, mas  inclui algumas peculiaridades como: acometer mais comumente crianças do sexo feminino, que apresentam um nível tão alto de isolamento, dificultando o desenvolvimento de trabalhos cooperativos e em grupo;
2 - predominantemente hiperativo:  são crianças que normalmente são rejeitadas pelo grupo, e talvez, por este motivo, tendem a ser agressivas, inquietas e impulsivas.
3 - combinado: estes alunos tem comportamentos reprováveis socialmente, agem impulsivamente, não conseguem executar  tarefas ou planos projetados e por estas razões têm grande prejuízos no desenvolvimento global.
As crianças com TDAH, apresentam um quadro clínico facilmente reconhecível, como a alteração nas habilidades linguísticas, dificuldades no reconhecimento de símbolos, pouca coordenação motora, não se concentrar ou ficar parada por muito tempo e por isto, raramente tem o mesmo ritmo de seus colegas na execução de tarefas.
O TDAH é um distúrbio multifatorial que deve ser diagnosticado por um ou mais profissionais da área médica, e cujo tratamento deverá ser realizado com a utilização de medicamentos e psicoterapia, porém a escola, em especial o professor, deve alertar a família quando observar características deste tipo de transtorno no aluno, pois as consequências podem ser graves; o aluno pode apresentar baixo aproveitamento escolar, perda da autoestima, dificuldades de relacionamento, abuso de álcool e drogas e até uma pré-disposição para a depressão.
O papel da escola é essencial, não só no que diz respeito a percepção ou identificação destes problemas, mas principalmente, no apoio ao aluno e a família; conversar com os pais, colegas de classe e outros professores é de fundamental importância para se desenvolver ações coletivas  que possam melhorar a autoestima da criança. A utilização de  um cronograma de atividades, desde que tenha acompanhamento de pais e professores, pode ajudar a criança a organizar-se melhor e é claro carinho, paciência, reconhecimento e elogios, só irão ajudar no tratamento.

Vídeo-aula 8 - Distúrbios alimentares: anorexia, bulimia e obesidade

A adolescência é um período de vulnerabilidade para o desenvolvimento de distúrbios alimentares, pois é uma fase da vida em que as transformações fisiológicas e psicológicas que ocorrem,  favorecem o desenvolvimento destes distúrbios.
Os transtornos alimentares (TA), como também são chamados os distúrbios alimentares, podem ser: a Anorexia Nervosa (AN), Bulimia Nervosa (BN), Transtornos Alimentares Não Especificados (TANE), AN atípica, BN atípica e Transtornos de Compulsão Alimentar Periódica.
Ao estudo a seguir, interessa somente a AN e a BN, que têm como psicopatologia central a preocupação excessiva com o peso e forma corporal (medo de engordar), utilização de dietas restritivas e de métodos inadequados para atingir o corpo idealizado pela mídia.
As principais causas para o desenvolvimento dos TA são componentes genéticos, alterações psicológicas hormonais e/ou psiquiátricas, problemas sócio-econômicos e conflitos familiares.
A AN tende a desenvolver-se mais precocemente (por volta de 12/13 anos) que a BN, que se desenvolve mais ao final da puberdade (16/17 anos).
O quadro clínico da AN é caracterizado pelo medo mórbido de engordar, distorção da autoimagem, dietas autoimpostas rígidas e busca frenética pela magreza, mesmo quando já se está muito magro.
A  BN é caracterizada pela compulsão alimentar, o que gera uma preocupação persistente com o comer demais, coincidente com o desejo irresistível de continuar comendo. O medo de engordar e a culpa levam a métodos compensatórios, como o vômito e a utilização de laxantes e diuréticos, que utilizados frequentemente (pelo menos duas a três vezes por semana, durante três meses)  irão caracterizar a BN.
A BN e AN, apresentam altas taxas de mortalidade, pois implicam em grandes distúrbios metabólicos, o paciente não quer se tratar (tem convicção que seus hábitos alimentares estão corretos) e cerca de 10 a 20% dos pacientes têm recaídas durante o processo de tratamento.
A obesidade é caracterizada, por distúrbios metabólicos energéticos, gerados pelo grande consumo de alimentos sem o devido gasto energético. É uma doença complexa, pois envolve componentes genéticos, comportamentais e ambientais.
As principais causas da obesidade estão ligados, além dos fatores genéticos, ao aumento do poder aquisitivo, consumo excessivo de alimentos industrializados, sedentarismo, aparecimento dos fast foods (que oferecem alimentos ricos em gorduras saturadas) e grande utilização do tempo livre em frente a televisão, computador ou videogames, em detrimento à prática de atividades físicas.
O tratamento da obesidade deve seguir uma orientação alimentar, mudanças de hábitos e otimização da atividade física. É importante durante o tratamento, que a família também desenvolva hábitos saudáveis e participe do tratamento, já que, em muitos casos a obesidade do adolescente ou da criança estão diretamente ligados a genética e ao modo de vida dos pais.
À escola, não cabe diagnosticar casos de An, BN ou obesidade, mas estar alerta aos sintomas físicos e comportamentais dos alunos; ao perceber qualquer problema, o professor, deve incentivar a busca de ajuda, dar apoio e conversar com os colegas de classe, enfim,  alertar a família sobre a necessidade de se encaminhar o jovem à especialistas. Além disto, é função da escola alertar sobre a importância da prática de atividades físicas, enfatizar a importância da pirâmide alimentar e do desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis e desenvolver o senso crítico dos alunos, no que diz respeito a interpretação das mídias e suas reais intenções.

Vídeo-aula 7 - Crescimento e desenvolvimento ponderal e hábitos alimentares

O crescimento é fruto da maturação óssea, que ocorre em três fases:
- Primeira infância (1 a 3 anos): é a fase em que ocorre o maior crescimento pós natal e é resultante de uma alimentação adequada;
- Segunda infância (4 a 8 anos): nesta fase o crescimento está ligado a produção de hormônios de crescimento e tiroideano;
 Puberdade (9 a 17 anos): é a fase em que ocorrem as principais transformações físicas, sociais e emocionais; o crescimento nesta fase (estirão puberal), ocorre de forma diferente entre meninos e meninas (normalmente dois anos antes dos meninos) e está relacionado com o estadio puberal. Nas meninas o estadio puberal  caracteriza-se pela telarca (botão mamário), pubarca (surgimento de pelos) e menarca (primeira menstruação), que estimula a produção de hormônios. Nos meninos esta fase, caracteriza-se pelo crescimento dos testículos, do pênis e pelo aparecimento do pelos, resultando na liberação de testosterona e do hormônio do crescimento.
Para acompanhar o crescimento e avaliar se este é adequado, é necessário observar gráficos de crescimento, o índice de massa corporal (IMC) e a idade de início dos caracteres sexuais secundários.
Alguns fatores como a atividades física, sono nutrição e doenças, fatores ambientais  e sociais podem influenciar no crescimento, mas a genética é o principal fator na estatura final do ser humano.
O cálculo do canal de crescimento final da criança é feito da seguinte maneira:
- meninas: soma-se a altura do pai e da mãe, subtrai-se 13 e divide-se por 2;
- meninos: soma-se a altura do pai e a altura da mãe a 13 e divide-se por 2;
Este cálculo dará uma previsão genética do crescimento final,  mas dependerá também de fatores ambientais.
O IMC, varia de acordo com a idade e sexo das crianças; até os quatro anos este índice deve reduzir, caso ocorra o contrário, aumenta-se o risco do desenvolvimento da obesidade nas próximas fases do desenvolvimento. Para calcular o IMC, é necessário dividir o peso, pela altura ao quadrado e observar na tabela de classificação, se:  o indivíduo está obeso (acima de 95), sobre peso (entre 85 e 95), adequado (entre 5 e 85) ou desnutrido (abaixo de 5).  
O sobrepeso ou a obesidade, correlacionam-se com doenças coronarianas, pressão alta e diabetes. Daí a importância da escola em observar o desenvolvimento físico do aluno, sua alimentação no ambiente escolar e a forma como as mídias influenciam o consumo exagerado de produtos nem sempre saudáveis, e, a partir desta realidade, desenvolver projetos educativos e preventivos.

Vídeo-aula 4 - Saúde do professor

Os principais problemas de saúde do professor que se relacionam com sua profissão são com a voz, a postura e o stress. Normalmente, estes problemas são resultantes do excesso de trabalho, indisciplina, baixos salários, pressão da direção, falta de valorização, violência, entre outros.
Segundo a fonoaudióloga Dr. Lúcia Mourão, os problemas da voz, estão relacionados ao uso contínuo da mesma em ambientes acusticamente inadequados e sob muitos ruídos, fatores que levam o professor a falar mais alto do que deveria.
Para prevenir o desenvolvimento de possíveis problemas com a voz, o professor deve se hidratar sempre que possível, procurar se posicionar bem na sala de aula, articular amplamente sua fala, ter uma variação melódica do tom de voz (que atrai e estimula o aluno), procurar respirar de forma adequada e fazer consultas médicas periódicas, evitando pastilhas ou medicamentos, que podem aliviar a dor de garganta provisoriamente, mas podem camuflar algum problema mais grave.
As posturas viciosas, o sobre peso/obesidade, hérnias de disco, sedentarismo e os distúrbios ósteo-musculares relacionados ao trabalho (DORT), são causas frequentes de dores ou outros problema de coluna, mas poderiam ser facilmente evitados, com a prática de alongamento e outras atividades físicas; a altura do quadro negro (deve estar na altura dos olhos) e a atenção com a postura, também auxiliarão na prevenção contra problemas posturais.
O stress compreende reações do organismo (físicas e/ou psicológicas), que podem causar medo, confusão e até alegria. Existem três fase de stress: a fase de alerta, a de resistência e a de exaustão (pânico e depressão).
A Síndrome de  Bounout, , pode ser uma manifestação do stress e causa exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade a quase tudo e todos.
As causas do stress são muito subjetivas; o que é uma situação estressante para uma pessoa pode não ser para outra, mas algumas dicas podem ser importantes para prevenir o stress: ser positivo, alegre e otimista; fazer exercícios físicos; ter momentos de lazer e reflexão; trabalhar de forma coletiva, manter a calma e fazer acontecer, para ser reconhecido.
A ajuda, o apoio da equipe gestora e dos colegas, a formação profissional contínua e o desenvolvimento de hábitos saudáveis, também, certamente, favorecerão uma vida profissional mais "relax".
O mais importante desta discussão é estar atento a possíveis problemas e quando isto ocorrer, o ideal é buscar ajuda profissional.

Vídeo-aula 3 - Introdução: Saúde na Escola

A aula introdutória diz respeito aos temas que serão abordados pela disciplina Saúde na Escola.
Para entender como a escola pode auxiliar na prevenção de doenças, é importante saber, que a mortalidade tem como principais causas o AVC, as doenças coronarianas e a violência., causas que podem ser reduzidas se a escola desenvolver projetos que incentivem bons hábitos alimentares e físicos, além de estratégias para o desenvolvimento de valores.
Entre os temas tratados pela disciplina, estão: o crescimento; distúrbios alimentares; a questão da hiperatividade da criança (TDH); questões relacionadas com a afetividade e sexualidade; a violência no ambiente escolar e em seu em torno; o bullying, que ultrapassa o âmbito escolar e que já é praticado virtualmente; as drogas, inclusive as legalizadas; a influência das mídias na formação de valores e sobre o consumo e utilização de produtos nem sempre adequados; o stress causado pelas pressões mercadológicas e acúmulo de atividades; a questão do lazer e da depressão e finalmente uma radiografia da saúde do professor, que também é como qualquer outro ser humano e desta forma, necessita se preocupar com questões de saúde que podem influenciar o seu cotidiano.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Módulo II. Saúde na Escola

Os textos postados a seguir fazem parte da disciplina Saúde na Escola

Vídeo-aula 26 - Uh Batuk-erê : uma ação na comunidade

A vídeo aula relata a experiência realizada na E.M.E.F. Professora Esmeralda Salles Pereira Ramos, na zona norte de São Paulo. A escola está localizada no bairro do Jaçanã/Tremembé que é considerada área de risco pelos autos índices de violência, precariedade do saneamento básico e construções em terrenos irregulares. Além destes fatores, percebia-se no ambiente escolar, dificuldades nas relações ensino-aprendizagem, baixa estima dos alunos, atitudes preconceituosas e outros problemas nas relações interpessoais.
A ação da escola foi pautada no diálogo com a comunidade, buscando num primeiro momento o desenvolvimento da autonomia dos alunos através do resgate da identidade local e de o oferecimento de oficinas de dança, artesanato e música, que permitiram maior participação, produção e expressão de idéias por pate dos alunos.
O projeto estabelece, então, cinco frentes de trabalho que são:
- Fórum comunitário: com a elaboração da carta Esmeralda e redigida a partir de temas relevantes para a comunidade e com a participação de vários segmentos da mesma; estabelecendo ações prioritárias e encaminhando a carta a autoridades competentes para auxiliar na solução de problemas;
- Trilhas culturais: utilização de espaços da cidade para promover atividades culturais aos alunos e possibilitar aos mesmos a oportunidade de comparar as diferenças sociais, despertando o desejo de modificar a realidade da sua comunidade;
- Apresentações:  realizadas interna e externamente, visando melhorar  a auto estima e assim, perceber que modificações já ocorreriam;
- Protagonismo do aluno: são eles que trazem e levam as informações para a comunidade, organizam eventos, recebem a comunidade, enfim, são parte fundamental no projeto.
- Realização de eventos internos: que permitem a integração da comunidade ao projeto e a observação dos resultados do mesmo, no que diz respeito ao desenvolvimento dos alunos e a mudanças ocorridas na própria comunidade.
A inovação do projeto é o diálogo permanente entre ação, sentimento/emoção e ação, num processo contínuo e de valorização da cultura local,  ressignificando a escola, como elemento agregador e também responsável pela comunidade.
Os resultados do projeto foram expressos através do reconhecimento de autoridades locais, municipais, estaduais e até federais, além de melhorar de fato o desempenho dos alunos, as relações entre os mesmos e com a comunidade.

Vídeo-alua 25 - Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede

Para se estabelecer relações com a comunidade, faz-se necessário entender os paradoxos, característicos da contemporaneidade; entender os impactos do desenvolvimento acelerado das tecnologias e dos acontecimentos (principalmente nos últimos 35 anos) sobre a vida das pessoas e por que o crescimento econômico, não estabelece relações de respeito à condição humana. Tais elementos estão ligados a situações que muitas vezes não sabemos com resolver, situações de tensão como as relações:
- Cultura de massa x cultura local: construir um cidadão para o mundo sem deixá-lo perder as referências e o sentimento de pertencimento da comunidade em que vive;
- Tradição x modernidade: favorecer o domínio de novas tecnologias, sem deixar de ressaltar a importância do ser humano como elo na transmissão de valores de geração a geração;
- Competição x igualdade: conciliar a competição estimulada pela exigência mercadológica e pela busca de melhor posição social à cooperação e à valores de solidadriedade.
A comunidade, é composta ou  representada pela realidade social e pelas relações estreitas entre as pessoas, garantindo a afirmação da identidade de sujeitos ou de grupos que vivem em determinado local e que por terem sentimentos, desejos e afetos afins, apresentam elementos privilegiados para se desenvolver a cidadania e a solidariedade.
Potencializar o trabalho em rede, significa utilizar os recursos que a comunidade oferece, fazer da escola um local de irradiação e aglutinação destes recursos, através da problematização, de forma coletiva e compartilhada, de questões emergentes e significativas para as pessoas da comunidade.
A escola deve detectar problemáticas comuns aos diferentes grupos com a participação dos mesmos , afim de buscar soluções coletivas a partir do diálogo, que pode ser realizado através de fóruns, oficinas de formação e a participação dos adolescentes como protagonistas, sendo multiplicadores de ações solidárias no bairro, por exemplo.
O importante é que a escola seja o instrumento para a solução de problemas, mas sempre compartilhando ações e decisões com outros seguimentos como famílias, agentes de saúde, ONGs, , igreja, assossiações de bairros, entre outros.

Vídeo-aula 22 - Lazer, esportes e juventude

O vídeo apresentado mostra as relações do lazer, esportes e juventude, ressaltando, que os elementos da mídia, mais especificamente, a televisão ocupa espaço importante no lazer do jovem, nas que as atividades esportivas, podem também se constituir de relevante fonte de lazer e desta forma, de aprendizagem para a juventude.
Se considerarmos os esportes associados a comunidade, temos de levar em conta, as diferentes "tribos" que existem; os diferentes espaços onde se encontram('pedaço"), as relações de gênero, as rixas, as vestimentas, as músicas e as linguagens que fazem parte destes grupos.
A linguagem juvenil deve ser incorporada e compreendida no ambiente escolar, assim como os "pedaços", que podem ser de ordem espacial (praia, quadra, bar, salão de beleza ou de festa) ou simbólica (ampla rede de relações sociais que se forma).
Os esportes radicais podem ser atraentes para o jovem, pois possui características como perigo, risco, novidade, desafio, atenção e concentração, que normalmente são estimulantes para o público referido.
Os esportes radicais, aos quais se referiu o professor Ricardo Uvinha (paraquedismo, voo livre, boia cross, rafting, mountan bike e skate), devem ser aproveitados pela escola. Esta sugestão me parece uma contradição, pois a necessidade de trazer a realidade da comunidade para dentro da escola, nada tem a ver com esportes de alto custo e que necessitam de tantos materiais. A proposta de se trabalhar com banco sueco, rolamentos e outra atividades que suscitem coragem e espírito de aventura é valida, porém, para condizer com a realidade do cotidiano da maioria das comunidades, penso que deve-se buscar atividades de lazer mais comuns a estas, como a capoeira, o skate, a natação e a ginástica olímpica, por exemplo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

vídeo-aula 21 - Lazer,cultura e elementos comunitários

O lazer tem um conceito muito subjetivo, de acordo com as características socioculturais e físicas do local onde se pretende desfrutar de atividades prazerosas.
Segundo Henderson (2001), a dificuldade de se conceituar lazer está na contextualização da experiência desenvolvida, que pode ter três abordagens: tempo, tipo de atividade e estado da mente.
Outra definição também respeitada pelo meio acadêmico é a de Dumazedier: " um conjunto de ocupações, as quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se, entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária, sua livre capacidade criadora, após livrar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais". O autor ainda releva três importantes dimensões do lazer: o descanso, divertimento e o desenvolvimento.
O divertimento e o desenvolvimento são essenciais para a sensibilização da comunidade no que tange a construção de valores, e para isto, a escola deve atentar-se aos conteúdos culturais propostos por Dumazedier: interesses artísticos, intelectuais, manuais, sociais, físicos e turísticos.
A escola deve auxiliar na utilização de espaços de lazer já existentes na comunidade e proporcionar aos alunos a capacidade de reivindicação ao poder público de espaços e equipamentos de lazer, já que este, é um direito de todo cidadão.
Cabe ao poder público investigar se determinados equipamentos de lazer são de interesse da comunidade em questão, estabelecer políticas de animação cultural através da atuação de profissionais, até que estes possam ser substituídos por membros da própria comunidade (o que pode ser feito através do suporte de projetos educacionais desenvolvidos pela escola).

Vídeo- aula 18 - Valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escolar

A cultura corporal tem um conceito amplo que envolve jogos, brincadeira, lutas, esportes, danças entre outras atividades que demonstram uma forma de se comportar e de viver.
Na concepção de estudos culturais, a cultura corporal, agrega elementos da gestualidade, que têm a intenção de se comunicarem, propiciando uma leitura de textos gerados a partir de movimentos.
Toda comunidade tem elementos próprios da cultura corporal; a escola deve trazer essas manifestações para dentro do currículo e para isto, deve seguir alguns princípios curriculares:
- Enraizar identidades: escolher práticas enraizadas na cultura popular local;
- Justiça curricular: escolher práticas que representem todos os grupos existentes na escola, sem preconceitos a determinados tipos de esportes ou dança, como ocorre, em alguns casos com a capoeira e o funk, por exemplo;
- Evitar o daltonismo: enxergar a diversidade cultural existente na escola, diversificando experiências e excluindo a ideia de que ao proporcionar a mesma atividade a todos se estará dando as mesmas oportunidades, mesmo porque os interesses são distintos;
Ancoragem social dos conteúdos: desenvolver experiências somente dentro do ambiente escolar, impede que práticas enraizadas de determinadas culturas entrem na escola e consequentemente no currículo.
Desenvolver a coordenação motora, lateralidade e outras capacidades físicas é importante , quando tem-se o objetivo de reconhecer as experiências culturais do corpo de determinada comunidade, fazendo das mesmas um patrimônio cultural.
Sugere-se algumas orientações didáticas para se trabalhar a cultura corporal:
- Mapeamento da cultura corporal: que atividades existem no entorno da escola e têm significados à cultura local;
- Ressignificação das práticas corporais: aproveitar experiências já existentes para dar novos rumos ao trabalho corporal;
- Aprofundamento dos conhecimentos: organizar pequisas a respeito das práticas;
- Ampliação dos conhecimentos: perceber como determinadas práticas corporais são desenvolvidas em outras culturas e qual o significado destas em diferentes lugares.

Vídeo aula 17 - Transformações sociais, currículo e cultura

É inegável a inter-relação entre cultura, currículo e transformações sociais. Desta forma um dos aspectos relacionados  as modificações do currículo, estão ligados às transformações socioculturais, decorrentes principalmente da globalização, que permite alcance imediato de informações e incorporação, ou não, de influências e culturas externas com as quais temos contato cotidianamente.
Outras características sociais que influenciam a formação cultural e transformações no currículo escolar são:
- Contexto democrático: que permite, por exemplo a inclusão de crianças deficientes na escola;
- Sociedade multiracial: que compõem o corpo discente, formado por crianças de diferentes raças, etnias, credos ou condição sócio-econômica;
- Função social: que se refere a possibilidade de ascenção na esfera pública.
Entende-se então, por currículo toda atividade ou experiência proposta pela escola ou a partir dela. Todo currículo é uma pratica social e sendo assim, deixa marcas na vida do aluno, segundo Silva, "forja a personalidade do mesmo".
Durante as últimas décadas foram estudadas por pesquisadores, diferentes teorias do currículo:
- Teorias tradicionais: não levantam a questão do valor do conhecimento, mas apresentam conteúdos relevantes a determinados grupos minoritários, tentando massificá-los.
-  Teorias críticas: como o nome sugere, criticam a teoria anterior, questionando a validade dos conteúdos e
a que ou a quem estes interessavam ( somente a manutenção das classes sociais).
- Teorias pós-críticas: descarta a possibilidade da seleção de conteúdos relacionados ao favorecimento de determinadas classes e ressalta a importância das questões de gênero, realidade social, etnia e faixa etária dos educandos quando se pensa na proposta curricular.
No século XX, o conceito de cultura passa a conter um cunho antropológico (sistêmico, interpretativo), estabelecendo um campo de lutas culturais para a validação dos significados, que segundo Hall se expressa por meio de alguns aspectos como a incorporação (aceitação de valores e ideias),  distorção (distorções da realidade de acordo com interesse de determinados grupos), resistência (resistência ou não a novas informações  e visões de mundo) ou negociação (pela adaptação ou enquadramento de determinadas culturas).
Fica claro assim, que o currículo sofre influências externas ligadas a cultura e ao desenvolvimento social, por vezes, até por necessidade de se enquadrar a valores e a realidade social, que fazem parte do cotidiano do aluno.

Vídeo-aula 14 - A cartografia e a representação dos lugares

Estudar a cartografia pode ser um bom suporte para  o desenvolvimento da leitura e da escrita, pois um mapa deve se lido como um texto.
Os mapas não são somente desenhos, traços ou indicadores de posições geográficas, mas trazem em si um contexto histórico, basta observar um mapa antigo de uma cidade e o mapa atual, para perceber  o desenvolvimento local, as mudanças ambientais, econômicas e socioculturais do mesmo.
A cartografia explicita  conflitos e expressões religiosas ou políticas, ajudando por exemplo, a desenvolver conteúdos da História, Geografia e Filosofia. A lógica dos mapas, permite aos educadores, trabalhar coordenadas, ângulos, área, porém de uma forma contextualizada, pois estes se referem a um local, a uma sociedade, com valores históricos e sociais que materializam o território.
Uma boa estratégia para trabalhar a cartografia é sair a campo, conhecer a comunidade, a cidade, desenhar mapas (ainda que distantes da perfeição cartográfica), discutir dados do IBGE e as transformações socioculturais ou ambientais de determinados locais e assim  promover aprendizagens pautadas na realidade.
As aulas em ambientes destintos aos da escola, promovem o contato com o cotidiano e a observação das diferenças sociais, das injustiças e dos desmandos políticos ou ambientais, desenvolvendo aos poucos o senso crítico do aluno e valores como solidariedade, justiça e respeito as diferenças.

Vídeo-aula 13 -Eduacação geográfica, estudo da cidade e cartografia

Estudar a cidade, significa reconhecê-la, identificá-la e compreender as informações que ela traz em sua arquitetura, formação, raízes, enfim, sua história.
Fazer da cidade um objeto de estudo, exige ir além dos muros da escola, conhecer e vivenciar as situações do bairro ou da comunidade, buscar outros espaços de aprendizagem (museus, parques, fábricas, rios, comércio) e trazer os  dados coletados, para dentro do currículo.
Entender  as tramas produtivas, a rede de relações socioculturais, a organização ou desorganização da cidade e as políticas públicas, ajuda a superar a superficialidade das disciplinas trabalhadas de forma estanque, somente dentro da escola e permite reorganizar o currículo e as metodologias.
O aluno descobre que a cidade é mais do que aparenta, tem uma estrutura e uma função que podem ser modificadas pelas diversas comunidades ou grupos que nela vivem, mas isto necessita ser feito através de um projeto.
A escola tem condições de desenvolver projetos, com enfoque morfológico, histórico ou ambiental por exemplo, mas, como já foi dito, é necessário buscar objetos de estudo fora da escola, para que os educandos percebam como funcionam as cidades, como vivem as pessoas, qual a qualidade e realidade de vida destes cidadãos e o que as autoridades políticas fazem para transformá-la, para que posteriormente, o próprio aluno passe a ser um agente transformador.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vídeo aula 10 - Democracia e educação em direitos humanos

Dewey, associa a democracia a um modo de vida e não ao domínio de conceitos; deve ser uma proposição ética e moral. Por ser um modo de vida, a escola deve criar possibilidades de se trabalhar os direitos humanos e consequentemente a democracia.
Os projetos devem se desenvolver por meio de duas vias:
1- Educar para a democracia: de forma que os direitos humanos estejam presentes nos conteúdo e sejam objetos de estudo, tanto de alunos, como de professores;
2- Educar pela democracia: que o processo educacional se traduza em projetos, ações e atitudes democráticas e não se torne uma farsa, presente apenas em arquivos de planejamentos obsoletos; a cooperação e atitudes positivas, que demonstram respeito aos direitos humanos, são essenciais para uma escola que pretende ser democrática.
No Brasil, a Educação em Direitos Humanos (EDH), passa a ser um compromisso assumido pelo governo, ao ratificar as Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), mas tem como marco principal a criação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (2003), revisto no ano de 2006, afirmando o compromisso de políticas públicas com a EDH.
A EDH, deve ser implantada na escola a partir de cinco dimensões:
1- Apreensão de conhecimentos sobre os direitos humanos e sua relação com contextos em que a escola está inserida (campo epistemológico);
2- Afirmação de valores: atitudes e práticas sociais que expressem a cultura dos direitos humanos (campo axiológico);
3- Formação de uma consciência cidadã (dos direitos e deveres de cada um);
4- Desenvolvimento de processos metodológicos participativos (aluno protagonista);
5- Fortalecimento de práticas que promovam os direitos humanos, assim como a reparação das violações dos mesmos(campo da práxis).
Os conteúdos a serem trabalhados na EDH,devem ser classificados em três diferentes níveis:
1- Os maxiconteúdos: constituídos por componentes que integram os campos de atuação da EDH;
2- Os intermediários: abrangem conhecimentos específicos das disciplinas, relacionando direitos humanos aos conteúdos escolares tradicionais;
3- Os miniconteúdos: atrelados aos contextos, a realidade e especificidades de ensino (nacional e local).
Inserir conteúdos da EDH na escola atual significa trabalhar de forma pluridisciplinar, transdisciplinar e interdisciplinar, articulando as disciplinas entre si, descartando assim, a necessidade de se criar um novo componente curricular.

Vídeo-aula 9 - Educação comunitária e direitos humanos

A educação comunitária associada a educação escolar intensifica-se por volta de 1990, visando a democratização do espaço escolar, a participação da comunidade e com a intenção de melhorar a qualidade educacional.
Segundo Freire, utilizar a história da região em que se vive é essencial para transformar sociedades fechadas em sociedades abertas.
Os conteúdos devem partir da comunidade, que apresenta diferentes agentes educativos: a família, a sociedade e outras instituições que estão no entorno escolar. Porém, não se pode esquecer que projetos devem ser desenvolvidos a luz das disciplinas.
O escritor espanhol Trilla, ressalta a importância e a riqueza de oportunidades que a própria cidade oferece para o desenvolvimento de ações pedagógicas. Além das instituições educativas (museus e parques), as contradições  das relações sociais e interpessoais existentes na sociedade e a possibilidade de promover transformações na cidade em que se vive, são uma fonte virtuosa para se trabalhar com projetos.
No entanto, é necessário fazer um mapeamento destas fontes e trabalhar de forma intencional e objetiva, isto, sem desrespeitar os diversos pontos de vista dos envolvidos no processo educacional (''caráter caleidoscópio").
Neste sentido, inicia-se a inclusão do direitos humanos no dia a dia escolar; com o respeito às diversidades de opinião, credo, cor, posição social, orientação sexual, ou seja, sem excluir a ninguém, já que os direitos humanos são comuns a todo e qualquer cidadão.
Formar para a cidadania, requer formar cidadãos democráticos, que respeitem os  ideias de liberdade, igualdade e fraternidade.
É papel do professor empenhado em formar cidadãos de forma integral, reconhecer que direitos humanos e cidadania são conceitos indissociáveis e que devem estar presentes no cotidiano escolar.

Vídeo-aula 6 - Educação Comunitária e questões de gênero na escola

As questões de gênero devem ser trabalhadas a partir do desenvolvimento de projetos baseados nos direitos humanos, na igualdade das relações entre homens e mulheres, nos conflitos existentes entre os mesmos e no comportamento ético de ambas as partes.
Visando contribuir para a redução dos conflitos de gênero, a equipe escolar deve incluir este tema nos conteúdos escolares, a partir do levantamento de dados da comunidade em que está inserida. Esta intervenção deve ser planejada, através de fóruns escolares, pesquisas de campo e participação da família e outras instituições.
Após o levantamento dos dados é necessário permitir ao aluno a análise dos mesmos: se os conflitos são de ordem física ou verbal? O quão frequente são na comunidade e na escola? Quais as sugestões para a solução destes conflitos?
É também parte importante do projeto, avaliar se houve progresso no desenvolvimento de valores morais e éticos, e, se mudanças atitudinais realmente ocorreram, tanto na escola, como na comunidade.

Vídeo aula 5 - Protagonismo juvenil e participação escolar

Como o próprio título sugere o vídeo trás a problemática da pouca participação do aluno no processo de aprendizagem, que muitas vezes ocorre de forma unilateral: o professor, detentor de todo o conhecimento expõe e seu aluno, passivamente "aprende".
John Dewey, defende  a participação efetiva do discente no processo ensino-aprendizagem, através da aplicação de "metodologias ativas de aprendizagem", em que a ação do aluno é essencial para que a aprendizagem realmente aconteça.
Mayo, Donnelly, Nash e Schwartz, defendem a aprendizagem baseada na solução de problemas; problemas relacionados com a realidade do aluno, questões ligadas ao meio ambiente, a violência, às diferenças sociais, entre outras, que permitam uma abordagem contextualizada por parte do professor e ações significativas para o aluno.
O educando deve ser instigado a apresentar ou trazer problemas do mundo real (estar em contato com a comunidade) e participar ativamente de projetos (grêmio estudantil, teatros, assembleias escolares, rádios comunitárias ou escolares) que busquem soluções para as situações-problemas  levantadas.
A implantação desta forma de trabalho permite aos alunos maior incorporação de valores éticos e morais, quando comparado a alunos de escolas que não implantaram esta filosofia de trabalho.

Vídeo-aula 2 - Fórum escolar de ética e de cidadania

O fórum escolar permite uma integração entre a escola e a comunidade. Para isto, é necessário que seja composto por professores, alunos, líderes comunitários e de outras instituições existentes na comunidade, que estejam dispostos a trocar idéias relacionadas a ética, a convivência democrática, aos direitos humanos e a inclusão social.
Através de diálogos e discussões sobre os temas anteriormente citados, a equipe deve definir a política de funcionamento do fórum, respeitando e ouvindo opiniões dos vários seguimentos participantes do mesmo, a fim de definir  temas relevantes para o debate e um cronograma de desenvolvimento de ações que visem transformar a realidade.
Alguns projetos dependem de recursos financeiros, que devem ser obtidos junto a direção da escola, ao comércio local e outras entidades.
A ajuda de especialistas no fórum é bem vinda, desde que haja abertura para discussões sobre o tema abordado e que todas as decisões sejam tomadas de forma coletiva, inclusive as avaliações, que devem ocorrer durante o desenvolvimento do projeto proposto.

Vídeo-aula 1 - A escola e as relações com a comunidade

Há uma necessidade de  romper-se os muros da escola, aproveitando a parte física e cultural da comunidade em que a mesma está inserida, implantando no currículo conteúdos que condizem com o dia a dia dos alunos desta comunidade.
Esta integração com a comunidade deve ocorrer em três níveis:
1- Para fora da escola: há uma série de conhecimentos físicos, sociais e interpessoais na comunidade, que estão relacionados com a temática da cidadania e podem ser desenvolvidos como conteúdos dentro da unidade escolar. Por isto, os alunos devem conhecer a realidade da comunidade;
2- Para dentro da escola: trazer as informações obtidas na comunidade para dentro do currículo, das disciplinas e consequentemente para os projetos que serão desenvolvidos, formando uma rede de conhecimentos;
3- Tornar o aluno protagonistas: incluir no projeto político-pedagógico e no planejamento, ações que promovam a participação efetiva do aluno, de forma crítica, dinâmica e autônoma.

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA