sexta-feira, 27 de abril de 2012

Vídeo-aula 2: Direitos Humanos na América Latina e no Brasil

Os ideais sobre Direitos Humanos na América Latina, ocorreram tardiamente, visto que a sociedade foi criada para atender aos interesses da aristocracia colonizadora, que tinha inúmeros privilégios e não estava preocupada com as condições de vida dos colonos.
No Brasil, mesmo após a Proclamação da República, os direitos humanos nunca foram respeitados, visto que apenas 3% da população (somente homens) tinha direito ao voto. Os movimentos sociais e manifestações eram encarados pelo Estado como anarquia e se tornavam caso de polícia.
Após a 2ª Gerra Mundial, o Brasil adota alguns dos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas menos de vinte anos depois, em 1964, com a implantação da ditadura militar, o país e a população enfrenta uma onda de assassinatos, tortura, censura e outros desmandes ocasionados pelo sistema político.
A partir de meados da década de 70, a igreja, intelectuais, universitários e senhoras cristãs, criam a comissão de justiça e paz; inicia-se o processo de denúncia ao mundo, dos crimes contra a Humanidade, que estavam ocorrendo no país.
Ao final da década de 80, com a visível queda do chamado milagre do crescimento econônico, a oposição ganha grande percentual eleitoral e espaço político no Congresso; os movimentos sociais e sindicais crescem e o país luta e avança na direção de uma nova constituinte e de eleições majoritárias. Neste momento, segundo Dalmo, começa a  instituir-se na sociedade brasileira o respeito aos direitos humanos no Brasil.
Outros países da América Latina, como Argentina Chile e Uruguai, também passaram por momentos políticos sangrentos, de opressão e tortura, causados pela ditadura, porém nestes países , a luta pela pelo resgate histórico e a punição aos ditadores, foi ou é mais bem sucedida que no Brasil, que ainda deve esclarecimentos e respostas a sociedade.
No Brasil assuntos como o a discriminaçao racial, o movimento sem terra, a busca por condições mais igualitárias de vida, entre outros, devem ser debatidos na escola, através de uma nova pedagogia, que respeite o conhecimento do aluno e que permita a construção coletiva de conceitos, criando cidadãos capazes de evitarem  os erros cometidos no passado e que reconheçam-se como sujeitos de direitos e deveres na sociedade.

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