Atualmente, o aumento de movimentos sociais, colabora para a democratização da educação, no que diz respeito ao gênero e a diversidade sexual, a medida em que o Estado promove políticas públicas relativas a estes temas, além de criminalizar práticas de preconceito e descriminação.
O marco para o início das discussões sobre gênero e diversidade sexual foi a Constituição de 1988, que traz o debate a respeito destes temas, criando políticas pautadas em documentos internacionais e criando desta maneira, compromissos com os mesmos.
A partir dos anos 90, o assunto é introduzido no currículo escolar, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira e com os Parâmetros Curriculares Nacionais, porém, estes documentos são críticados por serem considerados centralizadores, além de outros fatores como o despreparo e falta de capacitação docente, a falta de destaque a questões ligadas a diversidade sexual, a criação de programas fragmentados e desarticulados com a educação, além de disputas internas e externas do governo em relação a introdução desta temática na educação. Soma-se a estes fatores a influência da mídia, que fortalece as desigualdades.
Desta forma as identidades que se constrõem fora dos padrões hegêmônicos continuam sendo discriminadas, em especial os homossexuais, que sofrem um preconceito, muitas vezes valorizado pelos jovens, marcado pela criação de esteriótipos e pelo medo da convivência com o diferente, o desigual.
Pesquisas revelam que grande parte de pais, alunos e até professores têm algum tipo de preconceito, o que constitui grande desafio para a educação: desconstruir a hierarquia das diferenças individuais e coletivas, para que estas não se transformem em desigualdades. Para que isto ocorra, é necessária a conscientização do docente, a denúncia das atitudes de discriminação e intimidadção, o desenvolvimento de atividades voltadas ao tema, a análise crítica de materiais que circulam no meio escolar providos de preconceito e uma prática pedagógica que respeite de fato as diferenças.
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