quarta-feira, 4 de julho de 2012

Vídeo-aula 19: O todo pela parte

A vídeo-aula é baseada em estudos de GOFFMAN e trata da exclusão causada pela não aceitação plena do indivíduo, dada a características que este apresenta e que estão fora dos padrões considerados socialmente "normais".
Muitas vezes as pessoas encondem suas características por medo de serem estigmatizadas e acabam tornando-se infelizes, e isto, não ocorre somente na esfera da educação especial, é o caso dos homens homossexuais, por exemplo, que muitas vezes se casam com mulheres ou vão para seminários, para esconder suas reais convicções sobre a sexualidade.
A pessoa estigmatizada pode ser classificada em duas condições: desacreditado (quando a característica distintiva é evidente, caso dos cadeirantes) ou desacreditável (quando sua "diferença" não é perceptível em um primeiro momento, caso de pessoas com epilepsia).
O indivíduo desacreditável, corre menos risco de sofrer preconceitos em um primeiro momento, já que sua "deficiência" não é imediatamente percebida e as pessoas com quem este  inicia um convívio, terão oportunidades de conhecê-lo em suas qualidades e virtudes antes de criar um pré-conceito, o que já não se pode dizer no caso de um aluno desacreditado em que na maioria das vezes são estigmatizados por um todo deficiente, antes de ser conhecido em sua essência e características positivas.
Cabe aqui um ditado popular: "a primeira impressão é a que fica", porém, o professor não pode se deixar levar por esta máxima, ou estará correndo o risco de impedir que o aluno especial tenha reais chances de aprendizagem por classificá-lo como incapaz de aprender ou ter boas relações no meio escolar e social.
Muitos pais acreditam que colocar o filho com NEE em escolas especializadas é a melhor forma de protegê-lo dos preconceitos e ao mesmo tempo favorecer sua aprendizagem; porém, estudos comprovam que a criança especial precisa conviver com crianças ditas "normais", para aprender desde de cedo a defender-se contra possíveis estigmas e interagir com o mundo real que não é formado somente por crianças deficientes.
Como finalizou a excelente palestrante, precisamos quebrar nossas certezas, principalmente a certeza de que alunos especiais não são capazes de aprender ou interagir com o meio e com as pessoas.

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