quinta-feira, 5 de julho de 2012

Vídeo-aula 23: A educação de pessoas especiais é de fato ineficaz?

Educar crianças com NEE é uma questão muito complexa, quando o trabalho pedagógico esta atrelado a velhos paradigmas, que pressupõem que todas as crianças se desenvolvem igualmente, durante o mesmo tempo, de forma regular e linear. Assim, os alunos deficitários e com mais dificuldades,  passam a ser vistos como deficientes, o que implica em uma ruptura com os princípios básicos da educação e que levam a um processo de aprendizagem comprometido, desestabilizam as relações professor/aluno, dificultando o aprendizagem e levando o professor ao descrédito da possibilidade do aluno aprender.
Essa complexidade em relação as NEE, são minimizadas por recursos técnicos e profissionais, quando se trata de deficiência sensorial ou física, é o caso dos deficientes visuais que contam com o Braile e recursos de amplificação visual ou de deficientes físicos que podem utilizar recursos para se locomover e cadeiras e computadores adaptados à sua deficiência (aqueles tem recursos).
Cabe aqui a seguinte questão: e os alunos com deficiência mental ou intelectual?
A socialização é um dos grandes méritos do processo de inclusão e é de fato importante, mas não é o único componente deste processo. A aprendizagem inclusiva deve englobar aspectos cognitivos, afetivos e sócio-culturais, todavia, será que a criança com NEE é capaz de de se desenvolver nestes campos? Se sim ou se não, só é possível saber quando se oportuniza e se dá chances a estas crianças.
Um conceito importante para estimular o professor no trabalho com crianças especiais e o da plasticidade cerebral, que é uma propriedade do sistema nervoso que permite adaptações estruturais e funcionais, diante de situações adversas do funcionamento cerebral. Um exemplo, é uma pessoa que tem deficiência visual,  a plasticidade cerebral irá aprimorar seu sistema auditivo, criando mecanismo para "substituir" a visão.
A idade, o local da deficiência e o tempo que esta existe são essenciais no processo de reestruturação cerebral, por isto, quanto mais cedo a criança  for introduzida na escola regular, mais fácil e eficiente será sua adaptação.
A tarefa do professor e da família é buscar um diagnóstico correto sobre a deficiência, não para estigmatizar  o aluno, mas, para que se possa elaborar atividades que desenvolvam as habilidades, potencialidades e qualidades já existentes na criança e detectar os pontos frágeis que precisam pacientemente ser trabalhados.
Lutar contra a descrença e investir na educação de crianças com necessidades especiais, pode torná-la eficaz.

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