Vários atores e instituições se entrelaçam quando o assunto é inclusão/exclusão escolar. Pais, professores, alunos e equipe de gestão nem sempre têm as mesmas ideias e sobre a educação inclusiva.
Diante de alguns relatos pode-se perceber que as escolas, em geral, não estão preparadas para receber as crianças com deficiência, pois os professores e equipe de gestão não têm formação acadêmica adequada e muitas vezes, mesmo quando a criança está matriculada e frequentando regularmente a escola, encontra-se excluída.
O trabalho do professor, na maioria das vezes, concentra-se mais na socialização do que em aprendizagens cognitivas, seja porque os educadores não têm conhecimento de como trabalhar adequadamente com cada deficiência ou dificuldade, seja por questões ligadas ao preconceito ou ao tratamento diferenciado dado a este público e que cria esteriótipos.
É importante que o professor observe o comportamento dos alunos em geral, a fim de verificar quais as reações das crianças normais e com deficiência diante dos desafios apresentados no cotidiano. É necessário entender que a deficiência é só uma parte da criança e não o todo, e que a criança com necessidades especiais pode e deve fazer atividades semelhantes aos demais alunos da escola.
Por outro lado, a equipe escolar não pode homogeneizar o tratamento das crianças especiais, pois corre o risco de passar a vê-las como incapazes de avançar na escolaridade. É necessária a mudança de foco nas relações interpessoais entre professores e alunos deficientes, tornando este relacionamento mais afetivo e bi-direcional.
Permanecer afirmando que o professor não está preparado, não tem formação, que está desmotivado por não conhecer as metodologias para se trabalhar com crianças especiais, impede o avanço da escolaridade das mesmas ao passo em que o educador passa a desacreditar no potencial da criança, a coloca em segundo plano, como se não fosse seu, o dever de educá-la, impondo-lhe assim, uma inclusão perversa.
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