quinta-feira, 5 de julho de 2012

Vídeo-aula 21: A complexidade da profissão docente

Até o final da década de 70, o aluno era responsabilizado pelo fracasso escolar; a partir dos anos 80 com o avanço de estudos psicogenéticos, com novas concepções sobre a estrutura escolar e com os estudos Piagetianos, a culpa pelo fracasso escolar, recai sobre o professor.
Recentemente, estudos vem comprovando a complexidade da constituição do professor  a partir de fatores extrínsecos, intrínsecos, profissionais e de profissionalidade. Desta forma temos que pensar um professor que tem uma visão de mundo atrelada a cultura profissional.
Os saberes do professor, podem ser de caráter formal (pedagogia + conteúdos) ou estarem ligados a concepção que este profissional tem a respeito de sua profissão (saberes vividos). Sendo assim, devem ser observadas no dia-a-dia do professor, condições de trabalho objetivas, referentes a quantos alunos existem em cada classe, a carga horária e local de trabalho, as condições físicas da escola, e/ou condições subjetivas ligadas aos sentimentos e motivação do docente, a seus medos e inseguranças, a sua satisfação ou insatisfação.
A partir da concepção de como se constitui o professor, pode-se estabelecer algumas perspectivas do trabalho docente: conhecer (disponibilidade para renovar o trabalho), viver (tornar-se sujeito do conhecimento), refletir (definir e criar caminhos alternativos) e lutar( pela valorização da classe e pelo trabalho coletivo);
O grande desafio é fazer com que produções teóricas de qualidade cheguem ao professor e que este as coloque em prática em um cotidiano em que falta autonomia, motivação(financeira e emocional) e tempo
(para o lazer e para a vida pessoal).
A prática do professor pode seguir dois caminhos: o das possibilidades, em que o professor busca novas saídas e luta para mudar a realidade, e, o dos limites, em que o professor não tem mais esperanças em transformar e já não consegue mais lutar contra o sistema.


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