Para se estabelecer relações com a comunidade, faz-se necessário entender os paradoxos, característicos da contemporaneidade; entender os impactos do desenvolvimento acelerado das tecnologias e dos acontecimentos (principalmente nos últimos 35 anos) sobre a vida das pessoas e por que o crescimento econômico, não estabelece relações de respeito à condição humana. Tais elementos estão ligados a situações que muitas vezes não sabemos com resolver, situações de tensão como as relações:
- Cultura de massa x cultura local: construir um cidadão para o mundo sem deixá-lo perder as referências e o sentimento de pertencimento da comunidade em que vive;
- Tradição x modernidade: favorecer o domínio de novas tecnologias, sem deixar de ressaltar a importância do ser humano como elo na transmissão de valores de geração a geração;
- Competição x igualdade: conciliar a competição estimulada pela exigência mercadológica e pela busca de melhor posição social à cooperação e à valores de solidadriedade.
A comunidade, é composta ou representada pela realidade social e pelas relações estreitas entre as pessoas, garantindo a afirmação da identidade de sujeitos ou de grupos que vivem em determinado local e que por terem sentimentos, desejos e afetos afins, apresentam elementos privilegiados para se desenvolver a cidadania e a solidariedade.
Potencializar o trabalho em rede, significa utilizar os recursos que a comunidade oferece, fazer da escola um local de irradiação e aglutinação destes recursos, através da problematização, de forma coletiva e compartilhada, de questões emergentes e significativas para as pessoas da comunidade.
A escola deve detectar problemáticas comuns aos diferentes grupos com a participação dos mesmos , afim de buscar soluções coletivas a partir do diálogo, que pode ser realizado através de fóruns, oficinas de formação e a participação dos adolescentes como protagonistas, sendo multiplicadores de ações solidárias no bairro, por exemplo.
O importante é que a escola seja o instrumento para a solução de problemas, mas sempre compartilhando ações e decisões com outros seguimentos como famílias, agentes de saúde, ONGs, , igreja, assossiações de bairros, entre outros.
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