A violência nas escola tem aumentado a cada dia que passa, além do número de ocorrências, a complexidade dos casos é cada vez maior, visto que alguns acontecimentos envolvem armas de fogo, armas brancas e ameaças a professores, funcionários e membros da equipe de gestão.
A adolescência é um momento de grandes transformações biológicas, cognitivas, socioculturais e emocionais que definirão os padrões de comportamento; características individuais do jovem, ligadas a fatores ambientais, estão associados aos desvios de conduta e a prática de atos violentos.
Comunidades com histórico de violência no entorno da escola e dentro do seio familiar, tendem a produzir jovens culturalmente mais violentos; outro fator ambiental determinante é a desigualdade social que impõe um ritmo de vida mais duro ao adolescente em idade escolar, considerando-se que nestas comunidades o uso de drogas e o número de ocorrências relacionadas a pequenos furtos, fazem parte do cotidiano. Este ambiente favorece o desenvolvimento de distúrbios de conduta.
Os distúrbios de conduta são caracterizados por comportamentos repetitivos e antissociais condenados socialmente e que podem se transformar em problemas psicossociais ou até psicopatológicos. Neste caso as agressões físicas podem ser precursoras de problemas mentais /psicológicos, tanto para a vítima, quanto para o agressor.
O uso de drogas/álcool, também é fator desencadeante de distúrbios de conduta, que muitas vezes acabam levando o adolescente a despreparadas instituições de recuperação de menores infratores, que na maioria dos casos, só aceleram o processo de marginalização dos jovens.
Diante da ausência de ações políticas mais concretas, cabe a escola desenvolver projetos que elevem a autoestima dos alunos, criar situações de aprendizagem agradáveis que promovam a cooperação e a solidariedade, enfim, infiltrar-se na comunidade a fim de minimizar as ações violentas do cotidiano dos alunos. Além disso a violência pode estar relacionada a questões frequentes no ambiente escolar como problemas emocionais, sociais e cognitivos, problemas estes, que serão externalizados pelos alunos através de comportamentos delinquentes, enquanto não houver preocupação pedagógica e afetiva com os mesmos.
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