A escola é importante instituição de inclusão. As crianças com autismo e retardo mental têm possibilidade de se desenvolver e até mesmo entrar no mercado de trabalho; para que isto ocorra é necessário que a família e a escola tenham consciência de que o problema existe e do grau de comprometimento que acomete as capacidades físicas, intelectuais e sociais da criança. Buscando dar um suporte a este trabalho seguem algumas informações sobre estes problemas.
O retardo mental tem como características principais dificuldades intelectuais e algumas vezes físicas que se manifestam antes dos dez anos de idade. As principais consequências deste acometimento são os problemas de comunicação, interação social, habilidades motoras, falta de cuidados pessoais e dificuldades de aprendizagem.
Existem três tipos de retardo mental:
- leve: atrasos na linguagem que não interferem na autonomia. O indivíduo apesar de certas dificuldades intelectuais e cognitivas consegue aprender, trabalhar, enfim administrar sua vida.
- moderado: têm dificuldades na compreensão e na linguagem; exige cuidados com a higiene pessoal e auxílio em atividades motoras mais elaboradas; na vida acadêmica deverá frequentar turmas especiais e conseguirá desenvolver habilidades básicas; consegue se socializar a medida que é estimulado e apoiado.
- grave: apresenta sérios problemas motores, funcionais e intelectuais; necessitam de cuidados para a vida toda.
O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível e ajudará no controle das alterações comportamentais, deve-se também utilizar medicamentos específicos para cada caso, além de constante treinamento motor e de habilidades sociais (inserção em grupos). Há necessidade da família e professores terem um treinamento para auxiliar no desenvolvimento de crianças com retardo mental.
A escola entra como ambiente fundamental para estimular o máximo possível a criança, de acordo com as possibilidades e necessidades especiais que cada criança apresenta. O mais importante é favorecer o desenvolvimento com atenção, carinho e respeito as individualidades.
O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), que prejudica as interações sociais e provoca dificuldades no desenvolvimento da linguagem; é mais comum nos meninos, que apresentam comportamentos esteriotipados e repetitivos.
As principais características das crianças com autismo são: resistência aos cuidados paternos, não seguem os pais pela casa e não demonstram interesse em brincar com outras crianças (têm déficit no comportamento social); não se interessam pela voz humana, mas têm fascinação por luzes, sons e movimentos; apresentam problemas cognitivos e incomodam-se com as mudanças na rotina.
Na escola pode-se reconhecer o autismo a partir das características citadas anteriormente, mas a criança ainda pode ter ataques de raiva, resistência em aprender e realizar novas atividades e desinteresse por alguns brinquedos, normalmente disputados por outras crianças.
O tratamento deve ser realizado de maneira individual, com intervenções conjuntas da escola, da família e de uma junta médica. Por não ter cura, a medicação é essencial pois pode melhorar as condições de vida e os relacionamentos interpessoais da criança.
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